Às vezes (não muitas, mas algumas) há quem me pergunte como está a correr o estágio.
Nunca sei o que responder. Não quero dar uma reposta negativa para não transmitir um péssimo feedback de tudo o que acontece cá. Mas a resposta nunca é de tal empolgância que me mostre radiante com a nova experiência.
Talvez o melhor a dizer seja que tudo se trata de uma verdadeira montanha russa. Passo a maior parte dos dias em queda livre, numa experiência emocionante de novas aventuras, novos textos, novas lutas com o limite de caracteres. Com o passar do tempo, a quantidade de trabalhos vai surgindo, a agenda vai tendo um ou outro assunto reservado para mim. Fico contente quando assim é. Gosto de estar ocupada e de desbravar esse caminho sozinha.
Gosto de ter oportunidade de demonstrar aquilo que valho, mesmo que os desafios sejam grandes e por vezes me sinta perdida, pequena, sem capacidades para contornar os obstáculos.
Já chorei, já tive medo. Mas aos poucos a confiança vai-se adquirindo.
Como numa montanha russa em que o medo vai fugindo por debaixo dos carris e à medida que o vento na cara é tal que parece que nos corta a respiração.
Subir e descer como quem procura o infinito. Aguentar as quedas com a força de quem quer subir alto, até atingir o céu.
É assim que enfrento o dia-a-dia. Cada dia como um novo percurso, uma nova aventura, uma tal de subtil confiança.
Mesmo que nunca tenha gostado de aventuras, mesmo que deteste montanhas-russas, mesmo que nunca tenha entrado numa. Quem nelas anda, diz que é assim. E eu acredito. Como gosto de acreditar que, um dia, hei-de estar pronta para encarar esta vida de altos e baixos que o Público me tem dado.
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