quinta-feira, 30 de outubro de 2008
A maior alegria
Consegui que saisse a reportagem que tanto gostei de fazer. E o editor decidiu abrir o caderno com ela.
Provavelmente vai passar ao lado dos leitores, quem sabe nem os chame à atenção... mas, para mim, foi a maior alegria que me poderiam ter dado.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Montanha Russa
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Duas pessoas, dois sentimentos
Terça-feira, mais um telefonema. Desta vez pelo próprio editor que "gostava que eu fosse à apresentação do novo Hospital de Santa Maria". A frase deixou-me tão satisfeita que acho que até fui embora a voar.
Tudo parecia fazer um sentido. O editor era o Abel. Hoje é o Álvaro ao serviço. Naturalmente tenho sempre menos trabalho.
De novo o sentimento de inutilidade.
Deixei de acreditar em coincidências. O método de trabalho é, definitivamente, diferente. Não me digam que é impressão minha. Já não acredito porque os factos não enganam.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Forte demais
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Só me vêem os calcanhares
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Inconstância
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Dois editores
O primeiro é que, às vezes (e são muitas), sinto que eles não se entendem.
A segunda é que, como todas as pessoas do mundo, são diferentes e muito estranhos de trabalhar.
A terceira que, no fundo, acaba por ser uma consequência da segunda, é que também eu me vejo forçada a adaptar a cada uma das suas formas de ser e de trabalhar.
A quarta é que acho que gosto mais de um do que do outro. É calmo, pouco stressado, dá-nos atenção e até dá sugestões interessantes. Pelo contrário, não desata a berrar quando cometemos um erro para que todos os editores da mesa nos olhem como se fossemos monstros aberrantes. Fala baixo e, quando nos tem que advertir, apenas diz: "Cuidado... não deves conjugar assim o verbo".
Até come bolo ao lanche e nos oferece!
domingo, 5 de outubro de 2008
"Está bom"
"O teu texto está bom, Cristiana".
Era um texto de 1500 caracteres sobre uma apreensão de vestuário contrafeito. O tema até nem era interessante mas acabei por conseguir acrescentar boa informação ao conteúdo.
Qual o meu espanto quando, no dia seguinte, só apareceu cerca de metade de tudo aquilo que eu escrevi.
Não sei se terá sido por uma questão de espaço ou de falta de interesse.
Mas.. se estava bom porque é que cortaram?
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Posso desbundar? Ou sou cronista?
Acho que o excesso de liberdade e de desprendimento nunca ligaram muito bem comigo.
Afinal havia um pretexto, mesmo que eu quisesse esquecê-lo.
Era Dia Mundial da Música e a Orquestra Nacional do Porto viajava nas carruagens enquanto tocava excertos da 5ª Sinfonia de Beethoven.
Todo aquele pedaço de magia que me fez regressar à estação da Trindade, falar com espectadores e técnicos e terminar o percurso na Estação de São Bento onde centenas de crianças aguardavam o momento da tarde.
A Orquestra reuniu-se, finalmente, para tocar, na íntegra, toda a obra.
Cheguei à redacção. De fotologenda o trabalho passou a reportagem. A minha vontade era desbundar, dar largas à imaginação e escrever livremente. Mas o medo de ser reprimida ou novamente acusada de "cronista" assaltou-me e o artigo acabou por resultar num mero texto informativo.
E qual não é a minha surpresa quando o editor me pede que reformule o texto para algo mais "livre" e que o "fizesse sentir dentro da carruagem do metro".
O pedido caiu como uma bomba mas ao mesmo tempo como um suspiro de alívio. Pensei que seria a minha oportunidade de dar largas ao prazer e de mostrar aquilo de que realmente sou capaz.
"Por mim já te podes ir embora. Está impecável" foi o que ele disse e ainda só tinha lido o lead.
Eram 21h30 quando deixei a redacção.
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Fez-se Justiça
Com muito ou pouco trabalho, sempre me foi surgindo um ou outro artigo para fazer. Muito ou pouco alterado, a verdade é que nunca nenhum deles mereceu a minha assinatura no cabeçalho. Não me perguntem porquê. Sempre escrevi artigos que cabiam num local da página que não deveria ser assinado, seja por qual for a razão.
Como é de imaginar, sempre me senti triste por isso. Não se trata aqui de uma questão de protagonismo, mas de uma questão de assumir a responsabilidade do meu trabalho e de poder mostrar a quem o vê que fui eu quem o fiz.
Para além disso, alguns dos artigos que fiz e que ocupariam mais espaço no jornal acabaram sempre por ficar na gaveta. Não cabiam, não mereceram atenção e foram ficando arrumados num canto da agenda.
Ontem, finalmente, mereci colocar três artigos no Local e, pela primeira vez, o meu nome consta das páginas do Público.
Era a única estágiária que nunca tinha tido esse privilégio.
Sabem o que me disse o editor quando comentei com ele essa estranha coincidência? "Bolas"