Hoje dizia eu à Teresa:
"Isto é assim... chega-se a casa, chora-se um bocado e depois passa".
Amanhã é um novo dia.
HOJE é um novo dia.
Esperemos o que ele me reserva.
Se possível que não me reformulem a totalidade do artigo e que me façam sentir a mais burra à face da terra e do jornalismo que, afinal, parece que já não sei o que é.
Será que alguma vez soube?
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Em agenda...
Há uma coisa que rege o quotidiano laboral dos jornalistas e que se chama "agenda". A agenda consiste na marcação de temas que deverão constar nas publicações seguintes e que são filtrados por uma pessoal responsável no jornal. Basicamente essa pessoa trata de seleccionar, do âmago de informações que chegam à redacção, aquelas cujo interesse merece ser noticiado.
Há dias em que o meu nome não consta em nenhum tema de agenda, o que pode significar duas coisas: 1ª passar o dia a morrer de tédio ou 2ª passar o dia a queimar neurónios à procura de um tema a sugerir. Por isso é que prefiro que, na coluna mais à direita daquele bloquinho de folhas A4 constem as iniciais CM. CM de Cristiana Maia. CM de mim.
Hoje é um desses dias. Só é pena que seja um trabalho que, embora interessante, me esteja a obrigar a esperar por respostas e confirmações... detesto esperar. Detesto estar dependente de outras pessoas. Sempre detestei. Acho que amo a minha independência acima de tudo embora não seja capaz de viver sem os outros.
Sou assim.
Hoje espero pelo tema de agenda. Amanhã? Quem sabe.
Sou eu quem está "em agenda..."
Há dias em que o meu nome não consta em nenhum tema de agenda, o que pode significar duas coisas: 1ª passar o dia a morrer de tédio ou 2ª passar o dia a queimar neurónios à procura de um tema a sugerir. Por isso é que prefiro que, na coluna mais à direita daquele bloquinho de folhas A4 constem as iniciais CM. CM de Cristiana Maia. CM de mim.
Hoje é um desses dias. Só é pena que seja um trabalho que, embora interessante, me esteja a obrigar a esperar por respostas e confirmações... detesto esperar. Detesto estar dependente de outras pessoas. Sempre detestei. Acho que amo a minha independência acima de tudo embora não seja capaz de viver sem os outros.
Sou assim.
Hoje espero pelo tema de agenda. Amanhã? Quem sabe.
Sou eu quem está "em agenda..."
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Tudo de tudo ou nada de nada
Já me tinham dito e eu nunca quis acreditar.
"Haverá dias no estágio em que não fazemos quase nada e, outros, em que fazemos quase tudo".
Tirando o segundo dia de estágio (que dificilmente me sairá da memória como o dia da estupidez mórbida) acho que nunca me aconteceu ter que fazer "tudo de tudo". Bem, digamos que só a expressão já me assusta. Embora não me assuste tanto como a "nada de nada".
Terça e quarta-feira passaram monótonas, vazias, isto é, sem trabalho. Mas pior do que me sentir inútil, foi sentir mal recompensada. Eram 17h30 de terça-feira quando o editor me pediu que fizesse um pequeno artigo sobre a abertura de um centro comercial em Matosinhos.
O desafio não era grande, nem sequer me podia desprender do press release mas, apesar de tudo, sempre foi melhor do que nada até... ler o jornal do dia seguinte.
O meu artigo não saiu. Em vez disso, num caderno designado "Público Imobiliária" que, segundo consta, é pouco mais do que mera publicidade, um outro redactor ou publicitário ou qualquer coisa idêntica, publicou uma espécie de "chapa-sete" do press release que também eu tinha recebido.
O editor explicou-me que o meu artigo esteve, inclusive, paginado para sair. Mas acabou por ficar no "quase" e, dado o facto de o artigo repetitivo acrescentar à informação coisas que eu optei por não colocar, por estar limitada a 900 caracterees, teve direito a ser publicado em lugar do meu.
Se fiquei triste? Afinal nem era nada de especial. Foi uma espécie de "rebuçado" como aqueles que dão às crianças quando estão amuadas de tédio. Mas depois de o comer sabem o que me aconteceu? Ficou entalado no meio da garganta.
A recompostura
Depois desses célebres acontecimentos e, quando a minha cabeça ia explodindo de tanto pensar em sugestões para dar, eis que surge a brilhante ideia de sugerir um artigo sobre uma medida recente tomada pela CP relativa ao transporte de bicicletas nos comboios.
Felizmente foi bem aceite. Enquanto escrevo isto aguardo uma chamada do presidente da Federação Nacional de Cicloturistas que espero que venha a enriquecer a minha notícia.
Em lista de espera tenho um artigo de agenda.
Parece que as coisas se estão a recompor. Pelo menos até à próxima recaída na monotonia da inutilidade.
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
E tudo está a mudar... pelo menos por três meses
Era para ter começado no dia 10 de Setembro, mas foi adiado para o dia seguinte o início da nova etapa da minha vida.
A decisão de vir estagiar para o Público correspondeu mais à necessidade de auto-superação do que a qualquer perspectiva de desempenhar um trabalho bom ou fácil.
Por outro lado, sei que daria uma felicidade ao meu pai. A verdade é que ele nunca teve grande orgulho na minha carreira e esse perdeu-se ainda mais no dia em que decidi optar definitivamente pelo Jornalismo. Talvez ao escolher o jornal que ele lê todos os dias possa ajudar a atear um pouco a minha credibilidade e as razões da minha escolha.
A redacção
O que mais me surpreendeu no ambiente e que contrariou a minha ideia pré-concebida de pseudo-redacção é a calma aparente que se faz sentir.
Quais jornalistas stressados qual quê?
Se o (pouco) trabalho me tivesse permitido abandonar as instalações antes das 21h logo no segundo dia, talvez nunca viesse a conhecer aquilo que realmente eu pensava que era "a redacção do Público".
É verdade. Quando eu pensava que o segundo dia de estágio (ou, na prática, o primeiro) não seria mais do que a continuação de um conhecimento superficial do novo local de trabalho eis que, às 17h30 , o editor me pede que faça uma pequena notícia sobre a manchete do dia anterior do JN.
Parece que dois menores foram acusados de violar um miúdo de seis anos. No mínimo o caso parecia-me macabro. E isso era apenas o que eu pensava antes de me aperceber que 900 caracteres são uma infinidade de letras quando não há nada a acrescentar àquilo que toda a gente já sabe.
Felizmente que uma jornalista com a agenda recheada de contactos se ofereceu para me ajudar, mesmo que, quatro horas depois, o estado da minha notícia não fossem absolutamente nada diferente do que aquilo que o JN havia dito no dia anterior.
Eram 21h quando abandonei a redacção e o sentimento de tristeza e de inutilidade começou a acentuar-se logo no segundo dia de trabalho. Era sexta-feira e nem o fim-de-semana me alegrava.
Definitivamente a minha vida estava a mudar mas, pelo menos, no sábado o meu pai poderia dar-se por contente por, no dia seguinte, se dar "ao luxo" de ler um artigo escrito por mim "num jornal dito de referência nacional".
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